Polícia concluiu que houve negligência por parte de professoras e diretora e demora no socorro de Maria Thereza Vitorino
A Polícia Civil indiciou por homicídio culposo (sem intenção de matar) duas professoras e a diretora da creche onde a menina Maria Thereza Vitorino Ribeiro, de um ano de idade, morreu engasgada com um pedaço de maçã em Petrópolis, na região serrana do Rio, em março.
O inquérito da 105 ªDP (Petrópolis) concluiu que as funcionárias da escola não estavam preparadas para oferecer assistência e não possuíam conhecimento para conduzir a situação, o que provocou a morte da criança.
“Se qualquer funcionário da escola tivesse um preparo mínimo, as chances de salvar a pequena Maria Thereza se multiplicariam”, afirmou o delegado João Valentim.
As investigações também apontaram que a demora na prestação de socorro à menina contribuíram para a morte. Segundo a polícia, o tempo entre o engasgo e a entrada de Maria Thereza na unidade de saúde foi de 14 minutos.
De acordo com testemunhas, a criança só foi levada para receber atendimento médico após a mãe de uma aluna perceber a gravidade da situação, quando várias pessoas já haviam realizado manobras de salvamento. Para os investigadores, houve negligência na conduta das professoras e da diretora.
Além disso, a polícia considerou que o oferecimento de ¼ de maçã vai contra os padrões adequados a crianças da idade da vítima.
Maria Thereza morreu no dia 22 de março, dois dias após ser levada até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Cascatinha, onde chegou a ser intubada. A criança foi transferida para o Hospital Alcides Carneiro, mas sofreu uma asfixia por broncoaspiração e não resistiu.