Rosa Lalor, de 76 anos, presa em fevereiro do ano passado em Liverpool, na Inglaterra, por furar o lockdown para rezar do lado de fora de uma clínica de aborto, em protesto, teve a prisão revogada. Um ano e cinco meses depois do ocorrido, a polícia de Merseyside admitiu que a detenção foi um equívoco e que Rosa estava agindo no limite de seus direitos, com uma justificativa razoável para estar orando ao ar livre.
Foi necessário uma longa batalha judicial, na qual a idosa contou com a assistência da Alliance Defending Freedom (ADF-UK), uma associação de direitos humanos do Reino Unido, que fez o comunicado no Twitter:
“Estou muito feliz que a promotoria finalmente retirou essa acusação, depois de uma longa e exaustiva luta por justiça. Levei adiante esse desafio com o apoio da ADF UK para mostrar que todos temos o direito fundamental de orar – principalmente orar como eu fiz, na privacidade de minha própria mente”, declarou.
O consultor jurídico da ADF-UK, Jeremiah Igunnubole, disse que apesar da vitória, é “profundamente lamentável” que a idosa tenha suportado tanto sofrimento sem motivo. “Estamos emocionados por celebrar uma vitória para Rosa hoje, mas é profundamente lamentável que essa mulher cumpridora da lei tenha sido submetida a processos criminais angustiantes e prolongados, sem dúvida devido à sua postura pró-vida”, declarou.
Para ele, o episódio demonstra uma tendência preocupante na aplicação da lei, onde indivíduos são rotineiramente presos simplesmente porque suas opiniões são consideradas controversas ou ofensivas.
Nos Estados Unidos, um júri fixou indenização de US$ 5,1 milhões a uma comissária de voo que, após 20 anos de trabalho, foi demitida pela Southwest Airlines apenas por suas opiniões religiosas e anti-aborto, conforme noticiou o site Daily Wire este mês. Charlene Carter expressou sua posição pró-vida online e criticou o sindicato local por ter participado da Marcha das Mulheres em Washington, DC, em 2017, evento que recebeu financiamento da Planned Parenthood, a maior rede de aborto dos Estados Unidos.
“Hoje é uma vitória para a liberdade de expressão e crenças religiosas. Os comissários de bordo devem ter voz e ninguém deve ser capaz de retaliar um comissário de bordo por se envolver em discurso protegido contra seu sindicato”, disse Carter à Fox Business na semana passada.
Créditos: Revista Oeste.