A HBO Max lançou a série ‘Pacto Brutal’, que conta a história do brutal assassinato da atriz Daniella Perez, no ano de 1992. A série chocou por, logo em seu primeiro episódio, mostrar imagens gráficas do crime. Mas tudo foi feito com o consentimento de Gloria Perez, mãe da vítima e autora de novelas.
Para a criadora de ‘Caminho das Índias’, a exibição das imagens do crime era necessária para não esconder o que Guilherme de Pádua e Paula de Almeida Thomaz fizeram contra a atriz. Em entrevista ao Splash, do UOL, ela explicou sua decisão.
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“Se você quer contar essa história, tem que mostrar o que eles fizeram. O que me incomoda é que esse crime tenha sido cometido e que tenha sido tratado da maneira que foi. Eu acho que as fotos não deixam minimizar nada”, contou Gloria para o veículo.
Daniella contracenava com Guilherme de Pádua na novela “De Corpo e Alma”, escrita por Perez. Segundo as investigações, após o personagem de Guilherme perder relevância na trama, o ator decidiu se vingar da companheira de set e a matou com apoio de sua esposa na época.
O documentário conta com relatos de Raul Gazzolla, marido de Daniella na época do crime, Glória Perez e outras pessoas que testemunharam o assassinato. A obra não conta com depoimentos do assassino. Esta foi a única exigência da mãe da vítima para colaborar com a obra.
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“Não se trata mais de apresentar versões. É o processo que fala e é só por ele que você pode entender o que aconteceu e o porquê dois psicopatas foram condenados por homicídio duplamente qualificado”, diz Glória.
Guilherme de Pádua e Paula Nogueira Thomaz foram condenados a 19 anos de prisão por homicídio qualificado. Eles foram libertados da cadeia com um terço da pena, em 1999. Atualmente, Pádua é pastor evangélico, militante pró-Bolsonaro e casado com uma mulher chamada Juliana Lacerda. Eles negam as acusações contra o condenado por homicídio.
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Foto: Arquivo