Nos Estados Unidos, uma diretora funerária se declarou culpada de vender ilegalmente partes do corpo de pessoas falecidas a pesquisadores médicos e de ganhar milhares de dólares com isso.
Megan Hess, de 45 anos, fez parte de um golpe que, entre 2010 e 2018, enganou parentes em luto e os fez acreditar que seus entes queridos haviam sido cremados na funerária Sunset Mesa, em Montrose, Colorado, conforme relatado pelo Telegraph.
Na realidade, as cinzas que as pessoas recebiam não pertenciam aos familiares delas, pois os corpos nunca foram para o crematório, segundo o tabloide Daily Star.
A diretora funerária alegou que administrar o esquema, um serviço sem fins lucrativos, permitiu que ela oferecesse cremações gratuitas a famílias de baixa renda e superasse o preço de seus concorrentes.
De acordo com documentos judiciais, em algumas vezes corpos inteiros eram vendidos; em outras, apenas membros, como pernas, braços e torsos, ou mesmo cabeças.
O tribunal ouviu que Hess supostamente forjou doadores dos corpos, demonstrou que eles haviam consentido com o procedimento por meio de falsos formulários e adulterou outros documentos, como resultados de laboratório.
Os relatórios também revelaram que ela ganhou cerca de 40 mil dólares (R$ 213,7 mil) extraindo e vendendo os dentes de ouro dos falecidos.
“Eu excedi o escopo do consentimento e estou tentando fazer um esforço para acertar”, disse Hess ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos em Grand Junction, Colorado.
Ela enfrenta agora até 20 anos de prisão e será sentenciada em janeiro. No entanto, famílias enlutadas dizem que a diretora não expressou remorso suficiente por suas ações.
“Eu gostaria de ouvir a sra. Hess admitir o que ela fez, em vez de um júri a considerar culpada”, disse Debra Schum.
Danielle McCarthy, que teve os restos mortais do marido submetidos ao esquema, descreveu o crime como “inconcebível”.
Apesar disso, elas consideraram o acordo de confissão generoso e o aceitaram por causa de seu desejo de seguir em frente.
Créditos: R7.