Informação é do deputado Coronel Tadeu (PL-SP), suplente na comissão; requerimento para oitiva foi aprovado na terça-feira
A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados deve ouvir o publicitário Marcos Valério na quinta-feira (14) da semana que vem, quando será questionado sobre uma suposta relação entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação é do deputado Coronel Tadeu (PL-SP), suplente na comissão.
Na última terça-feira (5), a comissão aprovou um requerimento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), para que o publicitário seja ouvido. No documento, ele diz que a oitiva se justifica “em face da nova delação prestada pelo senhor Marcos Valério e da recente repercussão e relevância das informações prestadas em seu depoimento”.
A informação sobre suposta relação entre o partido político e a facção foi publicada por uma revista semanal no último dia 1º. A reportagem da revista afirma que o publicitário Marcos Valério, condenado no processo do Mensalão a 37 anos de prisão, afirmou em sua delação à Polícia Federal que ouviu informações sobre a relação do PT com a facção por parte de um dos integrantes do partido na época.
“Segundo Valério, o empresário do ramo dos transportes Ronan Maria Pinto chantageava o então presidente Lula para não revelar o que supostamente seria uma bala de prata contra o partido: detalhes de como funcionava o esquema de arrecadação ilegal de recursos para financiar petistas. O delator afirma que soube da suposta chantagem contra Lula após conversar [Sílvio] Pereira”, diz trecho da reportagem da revista.