O governo Bolsonaro encerrou uma série de benesses a artistas, cineastas e grandes produtoras no setor de artes do Brasil. Geralmente, grandes e vultosos recursos sempre eram destinados a quem menos precisava e a secretaria de cultura, com Mário Frias e o capitão André Porciuncula, mudaram as diretrizes para ajudar os artistas mais necessitados em início de carreira.
Isso causou revolta na classe artística, que perdeu o que os próprios secretarios chamam de “mamata”. Nessa semana, essa raiva chegou ao seu auge, com uma produção simulando a morte do presidente Bolsonaro, como se estivessem escrevendo profeticamente um capitulo da história Brasileira, o que chocou o Brasil, com cenas fortes e tristes.
O Canal Brasil, que tem como sócia a Rede Globo, com o aval da ANCINE, produziu a gravação do filme “A Furia” que é, segundo o cineasta Ruy Guerra, o final de uma trilogia macabra. Entretanto, segundo a própria empresa rede Globo, eles não atuam diretamente nas gravações. “A gravação seria de um filme do cineasta Ruy Guerra chamado ‘A Fúria’, que pretende fechar a trilogia iniciada com ‘Os Fuzis’, de 1964, e ‘A Queda’, de 1976”, afirmou a empresa de comunicações.
Acontece que o Canal Brasil, que pertence a Globo, possui porcentagem dos direitos da obra. Quem informa é a própria emissora: “O Canal Brasil tem uma participação de apenas 3,61% nos direitos patrimoniais desse filme, mas jamais foi informado dessas cenas e, como é praxe em casos de cineastas consagrados, não supervisiona a produção. Embora tenha participação acionária no Canal Brasil, a Globo não interfere na gestão e nos conteúdos do canal.”
Segundo o portal da Revista de Cinema, o filme “A Fúria”, de Ruy Guerra, começou a ser filmado em 5 de julho deste ano e tem previsão de gravação até 6 de agosto. O elenco conta o Daniel Filho, Lima Duarte, Ricardo Blat, Grace Passô, Simone Spoladore, Higor Campanaro e Júlio Adrião.
No portal da Ancine, o trabalho aparece na lista de contemplados do Prodecine de 2016 e beneficiário do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), como é possível ver abaixo, exatamente na gestão de Dilma Rousseff.
Já em nota, o Canal Brasil, que pertence a Globo, confirma que os vídeos são do filme de Ruy Guerra: “compõem uma produção independente dirigida pelo cineasta Ruy Guerra, intitulada ‘A Fúria’, projeto de 2016. Este será o último longa-metragem da trilogia composta por ‘Os Fuzis’ (1964) e ‘A Queda’ (1976), filmes premiados internacionalmente”.
O Ministro da Justiça, Anderson Torres, determinou à Polícia Federal abertura de apuração sobre as cenas de uma encenação de um assassinato do presidente Jair Bolsonaro.
No começo da tarde, Torres se mostrou incomodado com as imagens: “Circulam nas redes fotos e vídeos de um suposto atentado contra a vida do presidente Bolsonaro. “Produção artística???”, Estamos estudando o caso para avaliar medidas cabíveis e apurar eventuais responsabilidades. As imagens são chocantes e merecem ser apuradas com cuidado.”
Já o ex-secretário André Porciuncula se manifestou em seu Twitter e condenou com veemência as cenas horrendas.
O ex-secretário Mário Frias, por sua vez, também repudiou o filme e foi na mesma linha que trata o filme como um ato odioso e ideológico.