Grupo técnico da agência se reuniu para apresentar Avaliação de Impacto Regulatório sobre os dispositivos
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu manter a proibição da venda de cigarros eletrônicos no Brasil, em votação unânime.
A diretoria da agência se reuniu nesta quarta-feira (6.jul) para apresentar a AIR (Avaliação de Impacto Regulatório) sobre os dispositivos eletrônicos para fumar. O relatório, que trouxe dados sobre a toxicidade e o risco dos dispositivos à saúde, foi aprovado.
Um grupo técnico da Anvisa já defendia a proibição de cigarros eletrônicos no Brasil. A comercialização de produtos do tipo é proibida no país desde 2009.
Na avaliação, o grupo recomendou também a adoção de medidas para redução de oferta e demanda dos produtos ilegais. Alguns dos argumentos apresentados para manter a venda proibida foram que o risco de explosões e envenenamentos em alguns modelos de cigarros eletrônicos e de os dispositivos não úteis para o tratamento de tabagismo.
Apesar de os cigarros eletrônicos serem proibidos no Brasil, os dispositivos são vendidos livremente a partir de R$ 20 em Brasília. Com a aprovação do relatório, a resolução da Anvisa sobre os dispositivos deve ser aprimorada.
Além da Diretoria Colegiada da Anvisa, especialistas de instituições médicas e científicas foram convidados para apresentar argumentos contra a venda dos cigarros eletrônicos.
Durante a reunião, o médico Drauzio Varella afirmou que o cigarro causa um “número incrível” de doenças. “As piores doenças que eu conheci foram causadas pelo cigarro”, declarou.
Também estiveram presentes representantes das entidades Abead (Associação Brasileira de Estudos em Álcool e Outras Drogas), Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), AMB (Associação Médica Brasileira), Associação Mundial Antitabagismo e Antialcoolismo e outras.
No início da reunião, alguns congressistas demonstraram apoio à proibição dos cigarros eletrônicos por meio de vídeos. Entre eles, os deputados federais, Alexandre Padilha (PT-SP), Dr. Zacharias Calli(União Brasil-GO) e Mauro Nazif(PSB-RO).