Condenado a prisão perpétua na Itália, o terrorista Cesare Battisti guarda boas recordações do ministro Luis Roberto Barroso, que foi o seu advogado aqui no Brasil.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Battisti disse o seguinte sobre o ministro:
“Ele tem dignidade e ética raras. Nunca deu um passo para trás, nem mesmo sob ameaça do Senado no momento de sua nomeação para o STF”.
E disse mais:
“É democrático e um progressista de convicção. Ele ficou profundamente decepcionado com as falsas promessas do PT e de Lula, promessas que viraram jogos de poder. Não deve nada a ninguém e segue os princípios de justiça social que são os mesmos que os meus.”
É o tipo de elogio que constrange qualquer um…
Battisti integrou o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, responsável por quatro homicídios. Todos os crimes tiveram a participação direta ou indireta do terrorista, acolhido tempos depois no Brasil.
Em dois homicídios, Battisti foi condenado como autor dos disparos: o do agente penitenciário Antonio Santoro, em 1978, e o do motorista da polícia Andrea Campagna, em 1979. Nos outros crimes, foi condenado por dar cobertura e como coidealizador.
Jornal Cidade