Nesta quarta-feira (29) a presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, ordenou que a Caixa informe quais os procedimentos foram adotados para prevenir casos de assédio sexual e moral. A decisão ocorre após o caso envolvendo o presidente da estatal, Pedro Guimarães, acusado de assediar sexualmente funcionárias.
O caso será avaliado pela Secretaria-Geral de Controle Externo do TCU. “O assédio no ambiente de trabalho é tema de grande relevância que precisa ser mais bem enfrentado no âmbito da administração pública, uma vez que, além dos efeitos danosos à vítima, ainda ocasiona prejuízos à instituição e à sociedade”, disse a ministra, em nota.
Ana Arraes disse que, entre 2015 e 2019, de acordo com levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU), apenas 49 processos disciplinares foram instaurados para apurar casos de assédio sexual no âmbito do serviço público federal. Ela ressalta que esses números estão muito abaixo dos dados sobre este tipo de crime.
“De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho, mais de 52% das mulheres economicamente ativas já foram vítimas de assédio sexual no trabalho. No Brasil, estudo conduzido pelo LinkedIn e pela Consultoria Think Eva concluiu que 41,12% das mulheres participantes da pesquisa afirmam que já sofreram assédio sexual no trabalho”, afirma o documento.