Imagens de segurança do trem da Supervia, obtidas pelo GLOBO, captaram o momento em que o garçom Jairo Jonathan do Carmo Pedrosa Tudes, de 24 anos, foi morto na última segunda-feira (27). As imagens do circuito interno da concessionária também captaram a movimentação do assassino antes e depois do crime. A Polícia Civil afirma que o principal suspeito é Hugo Azevedo da Silva, 36. Ele nega. Nas imagens é possível ver o atirador de casaco, boné e máscara correndo para entrar no trem. Ele segura uma mochila.
Já dentro do vagão, o homem fica o tempo todo de pé, atrás da vítima. Antes de atirar, ele coloca uma fita na câmera que aparece a vítima. Quando o trem está nas proximidades da estação de Deodoro criminoso vai nas proximidades da vítima, que estava cochilando, ordena que as pessoas que estavam sentadas levantem e em seguida atira. Calmamente ele vai embora e os passageiros se desesperam com o crime.
O Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio expediu no fim da madrugada desta quinta (30) um mandado de prisão temporária contra Hugo. O pedido de prisão foi expedido pela juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz e é valido por cinco dias, podendo ser prorrogado por mais cinco.
Nesta quarta (29), de acordo com policiais, a mando do tráfico de drogas, o suspeito se entregou a policiais do Segurança Presente, em Bangu, na Zona Oeste. Eles teriam o ameaçado de morte. A defesa nega e diz que o homem apenas foi à 34ª DP (Bangu) para se explicar sobre as supostas acusações. De acordo com a Polícia Civil, Hugo é o único suspeito do crime.
Hugo foi levado para Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), onde aguardou sob custódia a decisão do pedido de prisão temporária feito pelo delegado Luís Otavio. Nesta quarta, o corpo de Jairo foi sepultado no cemitério Jardim da Saudade, em Paciência.
A policiais Segurança Presente, o suspeito alegou que Jairo estava assediando sua esposa. Ele também disse que estava com medo de ser morto e por isso decidiu se entregar. Por volta das 12h, Hugo se apresentou aos policiais na base do Bangu Presente. A informação inicial passada por policiais era de que o homem confessou o crime. A defesa nega.
A advogada do suspeito, Ester Morais, disse que seu cliente decidiu se entregar após receber ameaças de morte e pelo clamor popular. Ela afirma que Hugo vinha recebendo ameaças de morte e que não confessa o crime. Ela alega que Jairo vinha ameaçando a mulher e o marido, após ela não querer mais continuar o relacionamento extraconjugal que tiveram. Outro advogado de defesa, Marcos Paulo informou que Hugo não sofreu ameaças. Segundo ele, o suspeito decidiu se apresentar à polícia para esclarecer o que estava acontecendo, após ver sua imagem circulando nas redes sociais como autor do crime.