Em um comunicado interno enviado na sexta-feira 24, a Disney informou que vai bancar viagens de funcionárias que desejam abortar, após decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos reverter a legislação do país referente ao direito ao aborto em âmbito federal, informou a CNBC.
Isso ocorre porque a mudança no entendimento da Corte não proíbe o aborto no país, no entanto, abre espaço para que cada um dos 50 Estados adotem a medida — nos EUA, cada governo estadual tem sua própria legislação.
Nove Estados do país já proibiram o procedimento. A previsão é de que nos próximos dias outros 12 sigam o mesmo caminho. Todos são governadores por membros do Partido Republicano.
Portanto, funcionárias da Disney poderiam viajar para realizar o procedimento de interrupção da gravidez em Estados que decidam não vetar o aborto.
O jornalista Mattew Belloni, do portal Puck, informou que outros gigantes do entretenimento estariam dispostos a seguir a Disney na decisão de bancar viagens de funcionárias. São eles: Netflix, Comcast, Warner Bros. Discovery, Sony e Paramount.
A revisão da lei acontece em um raro momento de maioria conservadora na composição da Suprema Corte, depois que o ex-presidente Donald Trump indiciou três membros para o tribunal durante o seu mandato. Dois deles sucederam a juízes publicamente simpáticos ao direito ao aborto.
“A lei estava flagrantemente errada desde o início”, escreveu o juiz Samuel Alito, em sua opinião. “A lógica foi excepcionalmente fraca, e a decisão teve consequências danosas. E, longe de trazer uma solução nacional para a questão do aborto, inflamaram o debate e aprofundaram a divisão.”
Créditos: Revista Oeste.