Episódio aconteceu em Uberlândia; substância não identificada foi despejada sobre militantes que aguardavam o encontro entre o pré-candidato à presidência e o pré-candidato ao Governo de Minas Gerais
Três pessoas atingidas por um drone que despejou uma substância não identificada durante um evento entre o pré-candidato a presidência do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva (PT), e o pré-candidato ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD), irão pedir uma indenização de R$ 120 mil. A advogada que representa os atingidos pelo drone esteve nesta segunda-feira durante sessão da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
— Foi uma ação perpetrada e planejada, da qual foi exigido um certo poder econômico. Você não conseguia entrar ali por que tinha segurança, estava tudo organizado. O que fizeram? Simples, acharam uma forma de violar o espaço aéreo — diz a advogada Joana D’arc de Castro.
Segundo a advogada, o processo já corre na 6ª Vara Cível da Comarca de Uberlândia e em segredo de justiça, já que há menores de idade envolvidos. Além de serem atingidos pela substância não identificada, uma das clientes de Joana D’Arc também teria se ferido na confusão ao cair no chão e machucar o joelho.
O episódio aconteceu no último dia 15. A Polícia Militar deteve em flagrante três homens, identificados como Rodrigo Luiz Parreira, Charles Wender Oliveira Souza e Daniel Rodrigues de Oliveira. Segundo a polícia, o trio não tinha autorização para operar o equipamento. O caso foi encaminhado ao Ministério Público Federal.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, um dos homens detidos diz que o drone, usado em plantações, despejava um veneno sobre os militantes. Enquanto o drone sobrevoava a Universidade do Triângulo Mineiro, onde o evento entre Kalil e Lula acontecia, quem estava no local descrevia a substância como sendo feita de ‘fezes e urina’ devido ao seu mau cheiro.