Dove acusa maquiadores de ‘A Baleia’ de ‘apropriação de gordura’

Dove acusa maquiadores de ‘A Baleia’ de ‘apropriação de gordura’

Marca de sabonete fez postagem criticando filme estrelado por Brendan Fraser sobre obesidade

 Foto: Reprodução/Redes sociais 

A marca de sabonete e de outros produtos de higiene Dove acusou os maquiadores do ator Brendan Fraser, em A Baleia, de “fat suits”, termo que significa usar “uma fantasia de gordo”, ou uma espécie de “apropriação de gordura”, como a chamada “apropriação cultural”. A Baleia ganhou o Oscar de melhor cabelo e maquiagem, e Fraser, de melhor ator.

Para a Dove e outros críticos, o filme deveria ter optado por um ator obeso e não fazer com que uma pessoa usasse roupas e enchimentos equivalentes a 130 quilos, como ocorreu com Fraser, no filme.

“Pare de dar prêmios de ‘fat suits’‼️ Queremos uma melhor representação em Hollywood”, escreveu a marca, em sua conta no Twitter.

Houve quem apoiasse a “causa” da Dove. Entretanto, a maioria dos comentários era com um tom crítico à postagem. Muitos recomendaram que a empresa continue a fazer sabonetes (ou reclamaram da qualidade dos produtos). Outros rebateram a acusação da Dove. 

“Então você quer que as pessoas ganhem por causa de sua identidade, e não por sua capacidade de atuação”, escreveu Brandon Morse. Em outro comentário, o internauta pergunta: “Se eu fizer um filme sobre um rei, isso significa que só posso escalar um rei real para fazer o papel?”.

Outro internauta, Frank Henderson, deu uma explicação básica sobre atuação: “Os atores sempre foram maquiados e usaram trajes para retratar um personagem. O traje é uma ferramenta para um grande ator fazer exatamente isso. E é isso.”

Depois da polêmica do filme, Fraser e o diretor, Darren Aronofsky, disseram que a intenção nunca foi banalizar a obesidade e torná-la “uma fantasia”. “Não sou um homem pequeno. E eu não sei qual é a métrica para se qualificar para desempenhar o papel. Só sei que tive de fazer uma performance a mais honesta possível”, declarou o ator, no lançamento do filme, no Reino Unido.  

“Não há como escalar alguém para fazer esse trabalho, então tivemos de criar e usar maquiagem para chegar lá”, acrescentou Aronofsky. “O filme é sobre trazer empatia a dois personagens pelos quais você não espera sentir.”




Terra Brasil Notícias